Para pensar

Pior que não terminar uma viagem é nunca partir. Amyr Klink

sexta-feira, 15 de abril de 2011

CUBA - a hora da chegada

Eu embarquei para Cuba dia 19 de abril de 2008.
Chegando em Havana e sem acreditar que eu realmente estava lá, saí do aeroporto e encontrei meu motorista, que me esperava para levar até minha casa.

Eu até imagino o que estão pensando..... ela, uma mochileira assumida com motorista esperando???

Bom, esse "motorista" foi uma indicação de um amigo meu, um senhor muito fofo que na verdade não era cadastrado como motorista, mas tirava um grana dessa forma, sem que o governo soubesse. Como eu era amiga de um amigo, ele aceitou me fazer companhia. Olha, posso garantir que foi sensacional.

Ele adora o Brasil e fala portunhol muito bem, além de ter me proporcionou momentos muito especiais.
Um deles foi que, quando ele foi me buscar estava simplesmente tocando no toca fitas... Clara Nunes..... Ah.... nem tenho como explicar como foi lindo passar pela Praça da Revolução ao som de Clara Nunes..... olhos cheios de água.... inesquecível!

Combinei com ele para me pegar no dia seguinte para irmos assistir ao Cañonaço, que acontece no Forte San Carlos de La Cabaña, em Havana. Lugar lindo, por do sol maravilhoso, emoções..... imperdível!

Dica1: Todos devem assistir ao ritual do cañonaço, que acontece todos os dias às 20h45, culminando às 21h. A história é a seguinte: na época dos piratas a Ilha tinha uma muralha de proteção. Todos os dias às 21h os soldados soltavam um tiro de canhão
para avisar que os portões seriam fechados. Quem estivesse dentro não saia e quem estivesse fora não entrava. Hoje eles reproduzem exatamente o mesmo ritual. É muito legal!
O Forte é um pouco distante do centro de Havana Vieja, por isso precisei de motorista.

Dica2: Chegue mais cedo para visitar o museu do forte. Esse forte era
onde Che Guevarra teve um escritório durante muito tempo, logo após a tomada dos revolucionários ao poder. Esse lugar tem muita história. Foi emocionante entrar nesse escritório e ainda ver a jaqueta que Che Guevara usava na famosa foto tirada por Korda.

Nosso último encontro e o mais emocionante foi na minha partida. Lógico que ele também me levou ao aeroporto, eu tinha que me despedir dele.

Esse anjo me fez uma surpresa linda.....

Quando chegamos ao aeroporto ele tirou um envelope do porta malas e me entregou dizendo que era para mim. Quando eu abri o envelope....


Tinha uma nota de CUC (o cubano, não o conversible) super bem cuidada dentro, simplesmente uma nota com o rosto do Che Guevara que não se fabrica mais.

Ah, eu já estava sensível por estar partindo, imagina depois dessa delicadeza?

Essas são lembranças muito especiais e eu tenho o maior prazer em dividir com vocês.... mas calma, ainda tem mais história para contar......


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