Para pensar

Pior que não terminar uma viagem é nunca partir. Amyr Klink
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quarta-feira, 8 de maio de 2013

District Six – do doce ao amargo

Eu tenho uma mania de andar sem rumo nos lugares onde vou, de deixar me perder, o que é bem fácil, para achar lugares inusitados ou não pesquisados por mim. Acho as melhores descobertas!

Em Cape Town foi mais ou menos assim quando encontrei o Distrito 6, parte importante da história da África do Sul, de Cape Town. 

Vamos começar pela parte boa desse post. 

Tudo começou com a minha busca por um lugar fofo que vi nas fotos de uma amiga do Hostel. O lugar se chama “Charly’s Bakery” . 



Posso garantir para vocês que é o melhor lugar pra se comer um cupcake, uma torta de chocolate e, além disso tudo, admirar a produção dos quitutes de pertinho. Tudo é uma obra de arte! Além de deliciosos são criativos e em formatos inusitados e perfeitos. 




Eu acompanho o Charly’s Bakery pelo facebook e posso garantir que é uma tortura. Lugar imperdível! 

Conheça um pouco pelo vídeo abaixo:






Com esse passeio acabei descobrindo que a vizinhança é cheia de história, e uma história forte. Vou falar um pouco do District Six. 



 Durante o apartaid toda uma área residencial foi esvaziada e demolida para que os negros e coloridos (indianos, ciganos, judeus) não vivessem mais tão perto dos “brancos”. Muitas famílias foram retiradas a força de suas casas e perderam tudo. 



Essas famílias foram levadas para os subúrbios, onde foram criadas as Townships, o que seriam as nossas favelas. 

Toda essa maldade foi tão forte e marcou tanto a população de Cape Town que, onde ficava o bairro hoje se encontra um terreno vazio, em respeito a todas aquela pessoas injustiçadas, desrespeitadas. 

Encontrei um documentário que conta um pouco dessa história e gostaria de compartilhar com vocês. 


 

Hoje podemos conhecer bem de perto essa história visitando o District Six Museum

Segue um resumo do museu, em inglês: 

“District Six was named the Sixth Municipal District of Cape Town in 1867. Originally established as a mixed community of freed slaves, merchants, artisans, labourers and immigrants, District Six was a vibrant centre with close links to the city and the port. By the beginning of the twentieth century, however, the process of removals and marginalisation had begun. 

The first to be 'resettled' were black South Africans, forcibly displaced from the District in 1901. As the more prosperous moved away to the suburbs, the area became a neglected ward of Cape Town. 


In 1966 it was declared a white area under the Group Areas Act of 1950, and by 1982, the life of the community was over. 60 000 people were forcibly removed to barren outlying areas aptly known as the Cape Flats, and their houses in District Six were flattened by bulldozers. 


The District Six Museum, established in December 1994, works with the memories of these experiences and with the history of forced removals more generally.” 




É realmente emocionante visitar esse lugar, que é situado em uma antiga Igreja Metodista local. Algumas famílias doaram restos do que sobrou de suas casas e seus pertences, muitas fotos, placas das ruas, bancos de praças. Além da visita interna, o museu faz uma visita guiada pelo local onde foi o bairro, pelo que sobrou dele. Eu não pude fazer a visita ao local, mas indico com certeza! É preciso atentar que o museu fecha às 17h. 






Estar tão perto da história que eu acompanhei sempre de tão longe me fez pensar e sentir tudo muito intensamente. Foi tudo engrandecedor e inesquecível!

Como chegar:

Charly's Bakery
Terça-Sexta: 08h00-17h00
Sábado: 08h30-14h00
Domingo e segunda: Fechado


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District Six Museum
09h00 – 14h00   Segundas (as portas fecham às 13h30)
09h00 - 16h00 Terças - Sabados (Domingo apenas com agendamento)



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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Curtindo o Centro da Cidade do Cabo

O centro da Cidade do Cabo tem muitas atrações, andar e se perder é certo que vai acabar achando um lugar interessante para parar e admirar. 

Vamos aos lugares que eu indico que se percam pelo centro da cidade: 


GreenMarket



Aproveitando o tema do último post e deixando claro como eu simplesmente adoro feirinhas de rua, adorei encontrar pelo caminho o Greenmarket. Ela se encontra no centro, em uma praça linda cercada de restaurantes e de uma Igreja de pedra (não lembro o nome da igreja). É um lugar ótimo para comprar suvenires a preços justos e fácil de conseguir um descontinho, desde que utilize a lábia típica de brasileiro, claro. Você vai encontrar de tudo entre colares, máscaras de madeira, ovos de avestruz, tecidos coloridos. Adoro! 




Eu dei muita sorte. Em um dia de chuva acabei comprando uma máscara linda da Deusa protetora do lar, que vale aproximadamente uns 2.500 Rands por 250 Rands. Era mesmo pra ser minha, não é? 



Onde fica:


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Cape Town City Hall e Gran Parede 



O City Hall é lindo!!! Uma construção imponente que fica em frente a Grand Parede, em uma área onde você terá acesso a vários pontos turísticos, que vou falar aos poucos. 

A Grand Parede é uma praça onde Nelson Mandela fez seu primeiro discurso depois de sair da prisão em 1990. A vista que temos da praça é linda, 360 graus. Podemos ver a Table Mountain sempre imponente, o Castle of Good Hope (que vou falar em outro post) e o City Hall. 



Durante o dia a praça é um grande camelódromo, onde você pode encontrar de tudo! 



Um lugar imperdível. Só tenha um pouco de cuidado, porque como é um lugar central as vezes fica uma certa confusão, mas é só ter um pouco mais de atenção e curtir o lugar. No entorno você encontra cenas conceituais e inesquecíveis, é um lugar para ter contato com o povo local, o que é importantíssimo para mim durante uma viagem.




Onde fica: 


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The Company Gardens 



 Sabe aquele lugar gostoso para relaxar, ler um livro, passear, admirar a natureza... esse é o lugar perfeito! 


Nesse jardim você vai encontrar muitos esquilos, uma biblioteca enorme, construções lindas, um roseiral com a table mountain ao fundo e cruzando todo ele, você chega ao Museu da África, ao Museu Judaico, a Universidade de Cape Town. 






Vale muito a pena o passeio, mas segue uma dica importante. Evite andar pelo jardim depois das 17:00 porque ele fica deserto. Separe a manhã ou o começo da tarde e se divirta sem medo. 



Bart Street Market 

Para fechar as dicas do centro da Cidade do Cabo, indico a feirinha da Bart Street. Muito fácil de identificar, olha quem vai estar por lá! 


A feira funciona durante o dia, na verdade é como um camelódromo aqui do Rio de Janeiro, mas fiz compras boas por lá também. 

Onde fica: 


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Eita que eu morro de saudade com tanta lembrança. Espero que estejam gostando e aguardem mais dicas!



segunda-feira, 22 de abril de 2013

Transporte pela Cidade do Cabo

Nesses 21 dias que morei na Cidade do Cabo, me senti completamente em casa. É impressionante a semelhança com o Rio de Janeiro, onde vivo. 

Bom, em se tratando de transporte, eu achei bem precário. Não tem ônibus suficiente, gerando o mesmo esquema de Vans que existe aqui no Rio, sendo que lá ele se tornou praticamente oficial.

As vans um pouco mais seguras são as que levam um adesivo azul na frente, porque essas são cadastradas e o esquema é o mesmo daqui. O “trocador” gritando o trajeto pela janela e lotando o máximo possível. Eu me hospedei em um bairro chamado Green Point e trabalhava em Woodstoock. Precisava pegar duas vans por dia, apesar de não ser muito grande a distância. 

O valor da passagem nos dois trajetos que eu fazia era de 5 rands cada, que equivale a R$ 1,10 na conversão de hoje. A segunda van eu pegava no ponto final, e posso garantir, que loucura!!! Até eu entender qual van deveria pegar foi um parto. Não se entende nada do que falam, e é uma gritaria, mas tudo se resolve no final. Pra resumir, no final das duas semanas, eu já era conhecida pelo responsável da van que pegava sempre, e levava até puxão de orelha quando chegava atrasada, do tipo: 

- A van vai demorar muito pra sair? 
- Assim que lotar, mas vc está atrasada hoje! 

Adoro!!!!!! Hahahahaha 


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Ponto final das vans - Centro da Cidade do Cabo

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Ponto final das vans - Centro da Cidade do Cabo

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Horizonte no ponto final das vans

Para ajudar: O ponto final das vans fica em cima da estação de trem, no centrinho da Cidade do Cabo.


Saiba como chegar

sábado, 20 de abril de 2013

Trabalho voluntário na África do Sul

No dia 27 de abril faz um ano que vivi mais uma aventura, mas uma viagem pra compor minha mala de tesouros e se tornar inesquecível. Seguia eu para a África do Sul!

Antes de falar dos lugares maravilhosos que visitei por lá, quero falar sobre o maior motivo que me levou ao país de nossas raízes.

A vontade de viajar para a África do Sul começou com a ideia de fazer um trabalho voluntário na Cidade do Cabo, por duas semanas, com umas pessoas muito especiais, com os idosos de uma instituição que se preocupa em dar dignidade a vida de pessoas que já ofereceram tanto de si e que hoje só precisam se amadas e respeitadas pelo que elas são.

Não preciso nem dizer que foi uma experiência maravilhosa, aprendi tanto com minhas conversas, com os sorrisos, com pequenos detalhes que me fazem crer sempre mais que nada é por acaso.

A instituição que escolhi para trabalhar durante duas semanas  foi a NOAH (Neighbourhood Old Age Homes). O objetivo principal dessa instituição é estimular a independências dos idosos, montando casas estilo república para que eles tenham onde morar e como socializar. Além disso tudo, ainda criaram uma oportunidade de geração de renda, com a produção e venda de sabonetes, feitos com restos de sabonetes doados por hotéis. Um projeto lindo!



Vale a pena visitar o site deles para conhecer um pouco mais, e se alguém se interessar em viver um pouco dessa experiência também, mande um email  para daniportotrips@gmail.com que eu explico tudo melhor.

Gostaria de contar um caso em especial, que me mata de saudade.


Assim que cheguei me falaram de uma senhora que estava começando a perder a memória recente e, não se sabe exatamente porque, não entendia e nem falava muito bem o inglês (língua principal na Cidade do Cabo), mas falava o português de Portugal, e imaginem que ninguém por lá fala português. A partir daí, todo dia eu passava para visitá-la e conversava com ela, dando o máximo de atenção possível. Foi maravilhoso ver a cara de surpresa e felicidade quando ela percebeu que eu falava português. 

Bom, não precisa nem dizer que simplesmente me apaixonei por ela, perdidamente. Também, com essa carinha linda...


O que eu trouxe dessa experiência?


A alegria, a simplicidade, o carinho, as histórias de vida, as dores, os sorrisos, a esperança, a vontade se SER e de VIVER!

Além do prazer imenso em doar um pouquinho de mim, posso confirmar com minha experiência que no trabalho voluntário nós ganhamos muito mais do que doamos.

Esses são alguns dos eternos  amigos que fiz por lá.

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Ginástica com fisioterapeutas voluntários da faculdade da Cidade do Cabo

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Cinema semanal

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Sophie - a doce cozinheira
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O motorista
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Equipe Noah - pessoas maravilhosas
 
Mister gentleman


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